A GRANDE REVOLUÇÃO E O REINO DE DEUS

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THE GREAT REVOLUTION OF GOD
(1 Corinthians 2:9 - NIV)
(Translation multiple languages)
Publicado 




 João-Francisco Rogowski*



Há muitos anos que deixei de acreditar em revoluções no sentido convencional como meio eficaz para transformações da sociedade. Desde então tenho entendido que a humanidade jamais atingirá suas metas pela força do braço armado e sim pelas transformações interiores em cada ser humano.
Me soa sedutora, não sei até que ponto factível, a afirmação de Agostinho da Silva, professor da Universidade de Lisboa quando disse:
“A revolução não virá de movimentos de massas e de associações organizadas e conferências internacionais e de discussões teológicas ou filosóficas. Tal ideia é totalmente absurda. A Revolução virá, bem pelo contrário, do interior de cada um de nós. Antes de pensarmos em irmos para a rua, segurando cartazes e clamando gritos de ordem, devemos olhar para dentro de nós e refletir sobre o que podemos mudar acerca das nossas atitudes, o que devemos aprender por forma a sermos cidadãos mais atuantes e a contribuirmos de forma mais ativa para o necessário despertar da Sociedade Civil.”
Infelizmente, há vezes, não  se pode evitar um ativismo mais contundente em momentos excepcionais como ocorreu na cognominada “Primavera Árabe”, embora, sempre lamentáveis, todavia, o nosso foco deve ser os valores do Cristianismo da Paz e da não-violência.
O Príncipe da Paz X o deus da guerra
Desde o primeiro século até hoje os cristãos atribuem diferentes designações a Jesus Cristo: “Rei”, “Senhor”, “Salvador”, etc., mas a meu sentir a mais linda é “Príncipe da Paz”. Jesus disse: “Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo.” (João 14:27) 
Hodiernamente vemos bem delineado o confronto entre duas tendências mundiais que eu classifico como luz e trevas. De um lado o crescimento galopante da indústria bélica mundial (deus da guerra) decorrente da corrida armamentista de países árabes e dos países ocidentais em face ao terrorismo, e, de outro lado, em sentido diametralmente oposto, constata-se a expansão do Cristianismo e a não-violência, na Ásia (Índia, China, Vietnã e Coréia do Norte) e mais recentemente e intensamente entre os povos muçulmanos, embora o preço esteja sendo elevado, Cristãos, até mulheres e crianças, estão sendo assassinados com requintes de crueldade por fundamentalistas islâmicos.
A filosofia da não-violência emergiu do Cristianismo e está sendo amplamente utilizada em movimentos pelo trabalho, pela paz, pelo meio ambiente e pelos direitos das mulheres. No entanto, outra maneira de utilizar a tática de não-violência é com o intuito de direcionar a opinião pública (principalmente a internacional) contra regimes políticos extremamente repressivos, expondo ao mundo os excessos cometidos contra manifestações de cunho pacífico.
Jesus Cristo foi o arquiteto da doutrina da não-violência e depois dele outros grandes homens têm propagado esse ensinamento. Na história recente o seu mais ardoroso pregador foi Lev Nikoláievich Tolstói, também conhecido como Léon Tolstói, um dos grandes da literatura russa do século XIX, juntamente com Fiódor Dostoiévski, Gorki e Tchecov, em seu livro "O Reino de Deus está em vós", Tolstói idealiza uma sociedade baseada na compaixão e em princípios Cristãos, entre os quais, a não-violência.
Penso ser interessante narrar brevemente um pouco da vida de Tolstói e sua conversão ao cristianismo.
Embora extremamente bem-sucedido como escritor e famoso mundialmente, Tolstói atormentava-se com questões sobre o sentido da vida, quem somos, de onde viemos, para onde vamos, e, após desistir de encontrar respostas na filosofia e na ciência, deixou-se guiar pelo exemplo da vida simples dos camponeses russos, a qual ele considerou ideal. A partir daí, teve início o período que ele chamou de sua "conversão".
Seguindo ao pé da letra a sua interpretação dos ensinamentos cristãos, Tolstói encontrou o que procurava, cristalizando-se então os princípios que norteariam sua vida a partir daquele momento, recusando a autoridade dos governos humanos e de qualquer igreja formal, objetivando resgatar os valores da Igreja Primitiva do primeiro século d.C.

Criticou o sistema judicial vigente e o direito à propriedade privada, criticou a sociedade e o intelectualismo estéril e pregou o conceito Cristão de não-violência.
Após sua conversão, Tolstói deixou de beber e fumar, tornou-se vegetariano e passou a vestir-se como camponês.
A obra desse escritor russo influenciou Gandhi, um de seus mais importantes admiradores, nesta época ainda na África do Sul, na luta pela independência da Índia e Martin Luther King nos Estados Unidos da América na luta pela emancipação de pobres, negros e mulheres.
Qualquer projeto de transformação da humanidade que prescinda de Deus está fadado ao fracasso, nenhuma transformação autêntica e duradoura para a humanidade advirá sem que haja profunda transformação interior nos habitantes do planeta, na maneira de pensar e agir e o Criador de todas as coisas deve estar no centro de tudo.
Sem Deus, o homem não sabe para onde ir e não consegue sequer compreender quem é. Perante os enormes problemas do desenvolvimento dos povos que quase nos levam ao desânimo e à rendição, vem em nosso auxílio a palavra do Senhor Jesus Cristo que nos torna cientes deste dado fundamental: « Sem Mim, nada podeis fazer » (Jo 15, 5), e encoraja: « Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo » (Mt 28, 20). Diante da vastidão do trabalho a realizar, somos apoiados pela fé na presença de Deus junto daqueles que se unem no seu nome e trabalham pela justiça. « Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela » (Salmo 127:1).
O Professor e Conferencista Gary Fisher[1] afirma que sem o arrependimento dos pecados acompanhado de uma transformação radical no estilo de vida, não haverá conversão autêntica:
“O arrependimento, que é essencial à verdadeira conversão (Atos 2:38; 17:30), envolve morte ao pecado (Romanos 6). A Bíblia o compara à morte e ressurreição de Cristo. Tem que haver uma mudança de estilo de vida radical. A Bíblia usa termos como matar o velho homem e revestir-se com o novo, e descreve com minúcias as mudanças exatas que precisam ser feitas (examine Efésios 4:17-32; Colossenses 3). Maus hábitos — embriaguez, imoralidade sexual, ira, ganância, orgulho, etc. — precisam ser eliminados da própria vida, ao passo que devem ser acrescentados o amor, a verdade, a pureza, o perdão e a humildade. Este é o resultado do arrependimento.
Muitas pessoas tentam ser convertidas e converter outras, sem arrependimento. Elas ensinam um cristianismo indolor, que não exige sacrifício. Elas salientam as emoções, a felicidade e as bênçãos, porém pensam pouco sobre as mudanças reais que a conversão exige na vida diária da pessoa. Entendamos isto claramente: Não há conversão sem transformação. Aquele que creu e foi batizado, aquele que até mesmo foi aceito numa igreja e participa fielmente das atividades religiosas, mas que não se arrependeu, não é salvo. O arrependimento é um compromisso sério, determinado, para mudar sua própria vida.”
A batalha do Armagedom aparece citada duas vezes no livro de Apocalipse (Revelação), o último livro da Bíblia, mas ultimamente o nome Armagedom tem sido mais associado a uma catástrofe mundial ou a uma guerra nuclear.
Neste livro da Bíblia, conta-se que antes da batalha final, os exércitos se reunirão na planície abaixo de "Har Meggido" (a colina de Meggido). Em seguida Deus destruirá a iniqüidade e preparará o caminho para um tempo de paz e justiça (Apocalipse 16:14,16; Salmo 92:7).
Uma vez que o livro é escrito em linguagem simbólica, profética, dá margem a inúmeras interpretações pelos diversos segmentos cristãos.
Muitos entendem que a batalha do Armagedom não é uma alegoria literária ou um mito, que será um evento real e de proporções trágicas, um confronto de forças militares reais no Oriente Médio com utilização de armas devastadoras.
Embora se saiba que a ameaça de bombas atômicas continua sendo uma espada sobre nossas cabeças, que o Estado de Israel teria entre 80 e 200 ogivas nucleares, segundo avaliam analistas internacionais, e, que o Irã já lançou satélite espião ao espaço, que dispõe de mísseis de longo alcance e possivelmente já teria a sua bomba atômica ou estaria na iminência de obtê-la, eu ainda prefiro não acreditar na hipótese de uma hecatombe nuclear, prefiro focar meu olhar na Misericórdia e na Graça de Deus e não nas circunstâncias, por isso, me inclino a crer que a batalha do Armagedom simboliza a luta entre a luz e as trevas, o confronto do Príncipe da Paz contra o deus da guerra, o deus deste mundo tenebroso e cujo teatro de guerra (área de confronto) tem início no interior do homem, expandindo-se para o exterior a começar pela Igreja, sociedade, política, quando os governos humanos corruptos serão substituídos pelo Reino de Deus na terra (Apocalipse 11:15).
Talvez a implantação do Reino de Deus já tenha começado, pois, no quadro político mundial o impensável está acontecendo, ditadores corruptos caem como moscas nos principais países árabes do Norte da África e no Oriente Médio.
A crise da dívida dos Estados Unidos e da Europa desestabilizou os sistemas políticos europeus e americanos, seis primeiros-ministros europeus caíram em curto período de tempo.
Esse vento impetuoso que está varrendo a sujeira do mundo em breve chegará à América do Sul e ao Brasil, a ira de Deus se manifestará através do povo oprimido, dos pobres, dos jovens, nas ruas das grandes cidades, muitas cabeças ainda vão rolar. 
Mas o que é o Reino de Deus?
Entre os teólogos cristãos existem conceitos díspares mas não incompatíveis quanto ao que, concretamente, seja o Reino de Deus, podendo ser sintetizado em dois pontos:
·      um governo real e/ou universal de Deus estabelecido no Céu e também na Terra completamente renovada no fim dos tempos, no dia do Juízo final e com existência eterna;
·      uma condição interior de dimensão pessoal, de caráter espiritual, moral, mental e psíquico/psicológico, existente em todos aqueles que estão na graça de Deus e que seguem verdadeiramente a vontade de Deus e os ensinamentos e exemplo de Jesus Cristo;
Pessoalmente entendo que o Reino de Deus tem simultaneamente uma dimensão pessoal, de caráter espiritual e moral, em cada homem; e uma dimensão universal que se manifestará no fim dos tempos, no dia do Juízo Final, quando tudo se consumará e estabelecerá uma nova Terra e um novo Céu, onde os justos vivem em Deus, com Deus e junto de Deus.
Os valores principais do Reino de Deus são a verdade, a justiça, a paz, a fraternidade, o perdão, a liberdade, a alegria e a dignidade da pessoa humana.

O Apostolo Paulo em sua epístola aos Romanos afirmou: "Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Romanos cap. 14 ver. 17).
Portanto, cabe ao homem trabalhar pela implantação do reino de Deus na sua dimensão pessoal, espiritual e moral, através de uma radical mudança de vida e de valores morais, extirpando seus maus hábitos e buscando o desenvolvimento do reto pensar e o agir edificante e frutífero para si e para a sociedade.
[1] Estudos da Bíblia, C. P. 60804, São Paulo, SP, 05786-970 - www.estudosdabiblia.net 
FONTES DE PESQUISA:
Universidade de Lisboa;
Enciclopédia Wikipédia;
Bíblia Online;
Blog spedeus;
lionofjudahministry.org;
Estudosdabiblia.net;
movv.org;
Movimento Internacional Lusófono.
(*) Jurista, Teólogo, Escritor, Pesquisador.
(**) Autor membro do portal CEN, sociedade literária para difusão da cultura lusófona, com sede em Lisboa.
Contatorogowski@sapo.pt
Twitter@dr_rogowski



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Como citar este artigo: 

ROGOWSKI, João-Francisco. A GRANDE REVOLUÇÃO. In  "A VOZ PROFÉTICA". Disponível em: vozprofetica.net.


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