🔴 ONDE ESTÁ DEUS EM MEIO A PANDEMIA?

A calamidade revela o quanto precisamos de Deus e uns dos outros



por João-francisco Rogowski

Dizer que o mundo jamais será o mesmo depois da pandemia de covid, é chover no molhado, trata-se do óbvio ululante. A questão é saber como isso acontecerá na prática, como mudará o nosso dia a dia?

Pode parecer loucura o que direi agora, mas eu penso que sairemos muito mais fortes dessa pandemia do que quando nela entramos, lá adiante o mundo se tornará bem melhor do que é hoje, mas claro que até lá, muita água passará por baixo da ponte, enfrentaremos um difícil período de transição, sofreremos as dores do parto de um novo ciclo civilizatório.

De imediato, quando os templos de adoração ao Altíssimo são fechados manu militari, muitos indagam: onde está Deus nessa pandemia?

Mulher ora do lado de fora da igreja
Mulher ora do lado de fora da igreja

Por que bilhões de pessoas estão em "prisão" domiciliar?

Por que as pessoas estão enlouquecendo, matando e morrendo?

Para mim, um dos efeitos mais difíceis da pandemia é a irresponsabilidade, descaso e desunião dos políticos e gestores públicos, e a ineficiência do aparato público do Estado em lidar com a situação. Isso acontece de variadas formas.

As pessoas impedidas de trabalhar, quando na verdade o problema não é a circulação de pessoas no livre exercício do Direito constitucional de ir e vir, desde que obedecendo aos protocolos sanitários, mas sim as aglomerações, a resistência ao uso de máscara e acatamento das regras mínimas de higiene, sem falar nas baladas e demais eventos clandestinos, etc.

Com esse confinamento perdemos nossos padrões sociais e culturais usuais. Pela falta de convivência vamos nos apartando das estruturas socioculturais pelas quais normalmente vivíamos.

Dentro dos limites de nossas próprias casas, temos mais liberdade para escolher quando e como fazemos as coisas, mas com isso também vem o colapso potencial de cronogramas construídos para afetar positivamente nosso estilo de vida.

Não apenas sofremos cerceamento em nossa presença física, mas também somos limitados em termos de comunicação.

A falta de contato com outros indivíduos com os quais antes trabalhávamos normalmente, aumenta o risco de nos deslocarmos para fora de nossa faixa normal de atividade. Por causa da pandemia, muitos pequenos negócios, locais de trabalho, centros comunitários e locais de culto foram fechados para evitar a propagação do vírus.

Além da redução da interação tête-à-tête, das normas socioculturais não impostas e da quebra de nossos horários normais, os serviços religiosos e sacramentos também estão mais difíceis de acessar. 

Com a diminuição da disponibilidade de espaços públicos ou compartilhados, também vem a diminuição da disponibilidade de lugares para orar, congregar e confraternizar. Isso, junto com os fatores estressantes que a doença, a morte e a falta de trabalho podem trazer, tende a erguer uma barreira entre nós e o SENHOR.

Somos seres comunitários criados para a união com outras pessoas. É uma pena que não possamos interagir uns com os outros da maneira que normalmente faríamos ou com a frequência que gostaríamos.

Desorientadas muitas pessoas se questionam: Onde está Deus nessa pandemia? Por que ELE se cala?

Neste momento extremamente difícil pelo qual a humanidade passa, multiplicam-se os problemas de saúde e econômicos. Aumentam os dilemas de natureza teológica ou religiosa. O suposto silêncio de Deus é muito difícil para alguns. Milhões de pessoas oram pedindo milagres, pedindo que a pandemia acabe, mas o milagre não acontece. Então, a dúvida se agrava. Onde está Deus?

Deus não está em silêncio, ELE está dizendo o tempo todo: EU estou aqui!

ELE está naqueles que sofrem e naqueles que servem aos outros. ELE está nos médicos, nas enfermeiras, e nos demais profissionais da saúde que estão trabalhando na linha de frente até a exaustão, para salvar vidas. ELE fala através dos cientistas que estão enfrentando o vírus e hão de vencê-lo. ELE está presente através de Suas miríades de Anjos que estão protegendo e cuidando do planeta que também está enfermo.

A terra está ferida, temos que cuidar dela e construir um novo mundo. Está em nossas mãos, só depende de nós!

Esta pandemia pode tornar-se para nós uma oportunidade de renovação, de avivamento, para começarmos uma vida nova, mais simples, menos voraz, mais colaborativa entre todos, mais solidária, mais respeitosa e com mais sensibilidade para com tudo, porque tudo e todos estamos conectados, interligados. É isso que Deus quer, e por isso ELE continuará presente mesmo em meio às nossas dificuldades e falando ao nosso coração: "Nunca te deixarei, nem te desampararei." (Hebreus 13:5)



João-francisco Rogowski ― Jurista, Escritor, Hermeneuta Bíblico, pesquisador sobre temas Teológicos, Professor em cursos de formação de Ministros religiosos, Conferencista, Apóstolo do  Ministério Apostólico Voz Profética.

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